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Veja as tendências que irão impactar o setor de Infraestrutura e Operações em 2020

Atualizado: 18 de mai. de 2020

Os líderes de TI devem estar atentos aos principais obstáculos que poderão enfrentar neste ano. Rever algumas estratégias para se adequar às tendências do setor e, assim, oferecer o suporte necessário para a infraestrutura digital. Veja as tendências que irão impactar o setor de Infraestrutura e Operações em 2020.



A companhia mundial em pesquisa e aconselhamento para empresas, Gartner, Inc., destaca que os líderes de Infraestrutura e Operações (I&O) deverão observar as tendências para que possam oferecer suporte para o setor.


O evento que seria realizado em São Paulo com os analistas da Gartner, para explicar melhor essas e outras pesquisas, foi cancelado. Por isso trouxemos aqui quais são as tendências, tendo como foco a liderança de cada função de Infraestrutura e Operações (I&O).


Segundo Ross Winser, Diretor Sênior de Pesquisas do Gartner, “em 2019, as tendências de infraestrutura ficaram concentradas em como tecnologias como Inteligência Artificial (IA) ou Edge Computing poderiam apoiar o crescimento rápido da TI e atender às necessidades de negócios ao mesmo tempo”. Winser ressalta que ”apesar dessas demandas ainda estarem presentes, nossa lista de tendências para 2020 reflete as consequências, muitas das quais não são visíveis hoje”.


De acordo com o Gartner, os líderes de Infraestrutura e Operações devem dar um passo atrás para se prepararem para o futuro. Confira agora quais são as principais tendências que provavelmente irão impactar o seu suporte de Infraestrutura digital em 2020.


1. Repensar a Estratégia de Automação

A Gartner detectou nos últimos anos uma faixa significativa de maturidade de automação entre os clientes: grande parte das organizações está se automatizando em algum nível, até mesmo reorientando suas equipes para tarefas de maior valor. Porém, os investimentos em automação são feitos, geralmente, sem uma estratégia ampla em mente.


Winser afirma que “à medida que os fornecedores continuam surgindo e oferecendo novas opções de automação, as empresas correm o risco de duplicar ferramentas, processos e custos ocultos que culminam em uma situação na qual eles simplesmente não podem escalar a infraestrutura da maneira que os negócios esperam”.


Até 2025, segundo pesquisas do Gartner, os líderes com melhor desempenho terão um papel dedicado a avançar a automação e investir na criação de uma estratégia de automação adequada para fugir dessas questões.


2. TI híbrida em oposição à confiança na Recuperação de Desastre

Para o analista do Gartner, a infraestrutura de hoje está em vários lugares – Edge Computing, Data Centers, Co-location e serviços em Nuvem. Nessa situação a TI Híbrida irá interromper gravemente o planejamento de Recuperação de Desastres, se já não o tiver feito. As empresas confiam com frequência nas ofertas “como serviço (as a service)”, nas quais é simples ignorar os recursos opcionais necessários para estabelecer os níveis corretos de resiliência. Até 2021, por exemplo, 90% dos problemas de disponibilidade baseados em Nuvem serão saudados por falhas no uso dos recursos nativos de redundância dos provedores de serviços em Nuvem.


O analista ainda alerta que “as organizações ficam potencialmente expostas quando seus planos de Recuperação de Desastres projetados para sistemas tradicionais não foram revisados ​​com novas infraestruturas híbridas. Os requisitos de resiliência devem ser avaliados nos estágios iniciais do projeto, e não tratados posteriormente após dois anos de implantação”.


3. Ampliando a agilidade DevOps

É preciso algumas ações para encontrar uma abordagem competente para as empresas que tentam amplificar o DevOps. Apesar que as equipes de Produto individuais geralmente dominem as práticas de DevOps, começar a aparecer restrições à medida que as organizações tentam escalar o número de equipes de DevOps.


Winser diz que “a maioria das organizações que não adotam uma abordagem de plataforma compartilhada de autoatendimento descobrirão que suas iniciativas de DevOps simplesmente não se expandem”.


Para ele, a “adoção de uma abordagem de plataforma compartilhada permite que as equipes de Produto utilizem uma caixa de ferramentas digitais de I&O, se beneficiando constantemente dos altos padrões de governança e eficiência necessários para a expansão”.


4. A infraestrutura está em toda parte, assim como seus dados

Um tema muito interessante trazido pelo Gartner é que a infraestrutura está em todo lugar. Enquanto tecnologias como Inteligência Artificial (IA) e Machine Learning (ML) são aproveitadas como diferenciais competitivos, é vital planejar como o crescimento de dados será gerenciado. Estima-se que até 2022, 60% das infraestruturas corporativas de TI irão concentrar-se em centros de dados, ao invés dos tradicionais Data Centers.


Para Winser, “o desejo de mover as cargas de trabalho selecionadas para mais próximo dos usuários por motivos de desempenho e conformidade é compreensível. No entanto, estamos caminhando rapidamente para cenários em que essas mesmas cargas de trabalho são executadas em vários locais e tornam os dados mais difíceis de proteger. Os efeitos em cascata da movimentação de dados combinada ao crescimento desses dados afetarão fortemente as áreas de I&O se eles não estiverem se preparando agora”.


5. O impacto esmagador da Internet das Coisas (IoT)

Existem muitas considerações a serem feitas em projetos bem-sucedidos de IoT, e que provavelmente poucos fornecedores oferecem uma solução completa, de ponta a ponta. O Gartner recomenda que as áreas de I&O envolvam-se nas discussões iniciais de planejamento do quebra-cabeças de IoT para entender o serviço proposto e apoiar o modelo em escala.


“Isso evitará o efeito cascata de falhas de serviço imprevistas, que podem causar sérias dores de cabeça no futuro”, afirma Winser.

6. Nuvem distribuída

Definida como a distribuição de serviços de Nuvem Pública para diferentes locais físicos, enquanto governança, atualizações, operação e evolução desses serviços são de responsabilidade do provedor de Nuvem Pública.


O analista da Gartner diz que “as opções emergentes para Nuvem distribuída permitirão que as áreas de I&O coloquem os serviços de Nuvem pública no local de sua escolha, o que pode ser realmente atraente para os líderes que desejam modernizar o uso da Nuvem pública”.


Porém, o Gartner reforça que a natureza nascente de várias dessas soluções significa uma ampla gama de considerações que não devem ser negligenciadas.


“O entusiasmo por novos serviços, como o AWS Outposts, o Microsoft Azure Stack ou o Google Anthos, deve ser acompanhado desde o início com diligência para garantir que o modelo de entrega dessas soluções seja totalmente compreendido pelas áreas de I&O que estarão envolvidas no suporte a elas”.

7. Experiência imersiva

Para a experiência entregue pelos recursos de I&O os padrões dos clientes estão mais altos do que nunca. Como integração perfeita, os valores agregados anteriores, respostas eficientes e tempo de inatividade zero agora são simplesmente as expectativas básicas dos clientes.


Um alerta feito aos líderes pelo analista do Gartner é que, à medida que os sistemas de negócios digitais se aprofundam nas infraestruturas de I&O, o impacto potencial do menor dos problemas de I&O é amplificado.


“Se a experiência do cliente for boa, você pode expandir a mente e a participação de mercado ao longo do tempo; mas, se a experiência for ruim, os impactos são imediatos e podem afetar potencialmente a reputação da empresa, em vez de apenas a confiança do cliente”, completa Winser.

8. A democratização da TI

A Low Code é uma abordagem de amadurecimento visual para o desenvolvimento de aplicações que está se tornando cada vez mais atraente para as equipes de negócios. Permitindo que desenvolvedores com diversos níveis de experiência criem aplicações para Web e dispositivos móveis com pouca ou nenhuma experiência em codificação, impulsionando amplamente um modelo de “autoatendimento” para equipes de negócios, em vez de recorrer à central de TI para um plano de projeto formal.


Ross Winser explica que “à medida que a Low Code se torna mais comum, a complexidade do portfólio de TI aumenta. E, quando as abordagens de Low Code forem bem-sucedidas, as áreas de I&O serão solicitadas a prestar serviço”. Ross ainda diz que “a partir de agora, é do melhor interesse dos líderes de I&O incorporar seu apoio e exercer influência sobre coisas que inevitavelmente afetarão suas equipes, bem como a organização em geral”.


9. Networking – O que vem a seguir?

As equipes de TI conseguem se destacar no fornecimento de redes altamente disponíveis, o que geralmente é alcançado por meio de um gerenciamento cauteloso de mudanças. Ao mesmo tempo, é complicado para as áreas de I&O acompanhar o ritmo das mudanças e não existem sinais de que as coisas vão desacelerar. A pressão contínua para manter as luzes brilhando criou problemas inesperados para a rede, ressalta o analista do Gartner.


Winser diz que “os desafios culturais de prevenção de riscos, dívida técnica e dependência de fornecedores significam que algumas equipes de rede enfrentarão um caminho difícil pela frente. 2020 precisa ser o momento de mudanças culturais, uma vez que o investimento em novas tecnologias de rede é apenas parte da resposta”.


10. Gerenciamento de Infraestrutura Digital Híbrida (HDIM)

Conforme as realidades das infraestruturas digitais híbridas entram em ação, a escala e a complexibilidade de gerenciá-las estão se tornando uma questão mais central para os líderes de TI. As empresas deveriam investigar o conceito de Gerenciamento de Infraestrutura Digital Híbrida (HDIM, do inglês Hybrid Digital Infrastructure Management), que visa solucionar os principais problemas de gerenciamento de uma infraestrutura híbrida.


“Esta é uma área emergente, portanto, as organizações deveriam ter cuidado com os fornecedores que dizem ter ferramentas que oferecem uma solução única para todos os seus problemas de gerenciamento híbrido atualmente. Nos próximos anos, porém, esperamos que os fornecedores focados em HDIM ofereçam melhorias que permitam aos líderes de TI obter as respostas de que precisam muito mais rapidamente do que hoje”, completa Ross Winser.

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